quinta-feira, 23 de maio de 2013

A regra de ouro para ser um homem honrado. Ou, apenas mais uma análise.




E aí paspalho, já assistiu “Gran Torino” do grande mestre do cinema Clint Eastwood? Não? O que está esperando? Sem problemas se quer acompanhar minha análise antes de assistir o filme, mas assista-o. Todavia, é preferível assisti-lo antes, depois não vá me chamar de spoiler!

O filme gira em torno de Walt (Clint Eastwood) um velho rabugento e xenófobo, veterano da guerra da Coréia, que se torna viúvo logo no inicio do filme. Walt mora no subúrbio de Detroit, em um bairro antes ocupado por famílias trabalhadoras caucasianas, que agora tem predominância de asiáticos pobres.

Seus vizinhos asiáticos se veem em problemas quando uma gang local recruta Tao (filho mais jovem da família) para fazer parte de sua gang. Para tal, exige-se uma “iniciação” em que Tao se vê obrigado a roubar o belíssimo Ford Gran Torino 1972 de Walt. Ele acaba falhando, e quase morrendo, pois Walt o pega em flagrante.

Em represália por sua falha a gang decide punir Tao, que acaba sendo salvo por Walt. Fato esse, que muda o curso da estória. O velho rabugento que ninguém gostava, agora é admirado pela vizinhança que o enche de oferendas e benesses.

Encurtando o assunto, depois de muita “meteção da Real” por parte de Walt em todo mundo (todo mundo mesmo), como no frouxo mangina Tao, no pároco local que insiste em sua confissão, em uma gang de negros que estavam mexendo com a irmã de Tao e até mesmo em sua família que o quer em um asilo e toda sua herança, inclusive seu carro, laços de amizade unem Walt à Tao.

Então em uma bela noite, a gang mong (asiáticos) metralha a casa de Tao (que fica ferido) e estupra Su (sua irmã), que o faz se unir a Walt em busca de vingança. Mas, Walt consciente do que está se passando, consciente do horror de se matar alguém e consciente que a gang jamais deixariam eles em paz, rejeita a ajuda de Tao, aprisionando-o em seu porão. Ele vai uma última vez no barbeiro, toma um belo banho de banheira e confessa seus pecados ao padre. Agora ele está pronto para fazer o que tem que ser feito.

Ele se dirigi à casa da gang, discuti com eles, tira um cigarro do bolso, e rezando ave-marias fingi tirar do bolso uma arma, enquanto na verdade retirava seu isqueiro. Ele é baleado, o que faz com que a Polícia prenda todos os culpados, tirando assim a gang das ruas e dando liberdade à Tao e sua família.

Qual é a lição disso tudo? Simples, creio que essa seja a regra-mor onde se separa homens honrados de fdp’s, Walt dispôs de sua própria vida para fazer aquilo que é certo. Não estou dizendo aqui paspalho para você se tornar um kamikazi suicida, apenas digo que, se você é apaixonado de mais pela sua porca e miserável vida, mais dia menos dia, você fraquejará diante dos problemas. Você será um alvo fácil da covardia e do medo, características que não combinam com um homem honrado.

Fica o conselho, esteja disposto a perder até mesmo a vida por aquilo que é certo. Lembre-se sempre do conselho de Sêneca:

"Se um grande homem cair, mesmo depois da queda, ele continua grande."

Força e honra confrades!