sexta-feira, 12 de julho de 2013

O poetinha romântico

Há muito que quero contar meu relato pessoal, de como era uma mangina elevado ao infinito, como conheci a Real, e  no que me transformei hoje. 

Bem vamos do começo. Sempre fui o aluno mais inteligente da sala, todavia nunca fui do estilo "nerd", sempre sentei no fundão, era popular e tudo o mais. Ou seja, mulher nunca foi problema pra mim. Ou melhor, foi sim, mais ou menos.

Quando digo que mulher nunca foi problema quero dizer que sempre choveu garotas no meu pedaço. E quando digo que, sim, foram um problema, quero dizer que nunca soube relacionar-me com elas, tudo porque cria no "amor romântico".

Eu era um paspalho de marca maior. Um shaksperiano. Escrevia poemas, recitava-os e bradava contra todos os cafas que conhecia: "Você não é homem de verdade, homem respeita e nunca magoa uma mulher." Ai, ai. (risos) E o mais foda, era que todos me aconselhavam a manter-se assim. Professoras balzacas, M$ol's, vadias e afins diziam: "Ai como ele é lindo, continue assim, homens como você são difíceis de encontrar hoje em dia". Eu me sentia um ser sobrenatural, preservado do pecado original. Ora se todas aquelas "deusas" diziam aquilo era porque realmente era verdade.

Se gostava de alguma garota, pronto, ficava cego e até mesmo a mulher mais gostosa do mundo seria rejeitada, por essa espécie de cavaleiro medieval poeta. Foi quando aos 15 anos, me "apaixonei perdidamente" (ao escrever essas palavras me sinto um lixo) por uma guria da minha sala. Eu nunca tinha namorado ou ficado, era BV e tudo o mais, tudo por ser um romântico à moda antiga (ainda mais risos). A mina já era meio rodada, já tinha namorado duas vezes e ficado com pelo menos mais uns dez caras. Ai meu saco.

Começamos a ficar, e aí meu cabedal de romanticisses começou. Eram poemas, bilhetinhos, flores, declarações de amor etc etc. Com o tempo já eramos namorados, de anel no dedo. Com um mês de namoro, nas férias de julho, a mina resolveu passar uns dias na casa de uma amiga dela. Até aí tudo bem, ou não. Acontece que o irmão dessa "amiga" era amigo de um ex-namorado da minha ex. Não é difícil imaginar o que aconteceu. O fdp também estaria lá passando uns dias. É claro que tomei um belo par de chifres. Chorei feito um bebê, comia mal, não dormia, não fazia nada além de chorar e lamentar pelo meu erro. Meu erro? Sim, se ela dizia que me amava e mesmo assim tinha me traído era por algum erro meu, alguma falta de atenção ou coisa do gênero. É eu sei que você já deve estar desejando que eu me castre e nunca mais faça-lhe perder tempo, calma a coisa vai piorar ainda mais.

Daí você me diz: "Beleza, tu terminou com ela e seguiu em frente." Óbvio que não, eu era um poeta, erros aconteciam e o "amor vencia tudo". Perdoei-a. E vivemos felizes para sempre, só que não. 

Até o fim do ano tudo correu as mil maravilhas. Mas, nas férias de fim de ano... Ai, ai. Disse-me ela que faria uma viagem à São Paulo capital, sob pretexto de cuidar de um sobrinho dela, pois os pais estariam trabalhando e a babá estaria de férias. Respondi eu, "claro amor, tudo bem, ficarei com saudades." HAHAHAHAHAHA tonto. Não deu uma semana pra ela me ligar terminando o namoro sem justificativas. Até hoje não sei o porquê, alguém aí se habilita a me dizer? (risos eternos) 

Quando as aulas retornaram ela também retornou. E me pediu um recomeço. Aceitei. Alguém por favor me dê um tiro na cara, please?! E assim prosseguiu, como sempre, até as férias de julho hehe. Quando mais uma vez ela terminou comigo. Retornando as aulas, o beta mangina cavaleiro branco medieval, abria seu coração e aceitava sua dama de volta. Nas férias de fim de ano, a coisa se repetiu. Fiquei mal como sempre, não comia direito (o que me legou uma gastrite), não dormia, chorava dia e noite e consequentemente fazias meus pobres pais sofrerem com minhas dores. 

Mas, não sei o quê aconteceu, só pode ter sido intervenção divina, quando ela retornou e novamente me pediu uma "volta" eu a rejeitei. Confesso que fiz quase rasgando-me por dentro, mas fiz. Apesar de ter me libertado dessa espertinha, não tinha me libertado da matrix, continuava sofrendo silenciosamente. Foi quando alguém me convidou a ir em um retiro espiritual da Igreja Católica. Fui. E encontrei conforto. Vale ressaltar que nesse retiro me converti do comunismo. Sim, além de poetinha também era um esquerdeopata vagabundo. 

Comecei a acompanhar alguns vídeos do Pe. Paulo Ricardo e do Olavo. Num belo dia, lendo algumas discussões num grupo do facebook, não muito tempo atrás (não me lembro o nome, sei apenas que tinha que ver com o Olavo) deparei-me com um grupo de homens denominados guerreiros da Real. Decidi pesquisar mais sobre o tema.

Comecei a acompanhar algumas páginas da Real como a Homens de Verdade, Metendo a Real e outras. Entrei no grupo GDR e MAR. E comecei a ler N.A. Aos poucos foram caindo escamas dos meus olhos e fui passando a enxergar a realidade nua e crua dos relacionamentos com mais nitidez. Hoje, não caio mais no conto do vigário. Criei uma blindagem intransponível contra a matrix. 

Em cerca de um ano de Real, já passei em dois concursos, peguei um vice-campeonato de Jiu-Jitsu, e já peguei mais mulher do que sonharia em algum sonho devasso. Claro, que isso não faz de mim um super-herói dotado de forças sobre humanas, há ainda muita coisa que devo fazer. Pretendo cursar direito ano que vem, voltar a academia e ao Jiu-Jitsu (sim tive que parar por alguns problemas que não vem ao caso), e se possível montar um pequeno negócio pois não gosto muito da ideia de mamar nas tetas do governo como funcionário público.

Por favor, não sejam o cara que eu fui.

Agradeço a Real por ter me libertado, agradeço igualmente a todos os GDR's que me ajudaram direta ou indiretamente (não citarei nomes pois certamente esquecerei de algum e todos merecem minha gratidão). Espero contribuir, ou melhor, retribuir tudo o que a Real fez por mim.

Força e Honra.